24 de setembro de 2008

Nem Hermann, Nem Amilton.Vote nulo!






Como de 4 em 4 anos, a farsa continua. Nesse ano ela está marcada de 14 a 16 de outubro.


De um lado, Hermann Voorwald, atual vice-reitor. Burocrata da Unesp desde 2001 na APLO(Acessoria de Planejamento e Orçamento da Unesp), participou da gestão do ex-reitor Trindade que implementou a expansão eleitoreira da Unesp, a qual teve como objetivo central precarizar a Universidade para avançar nas parcerias público-privadas. Como vice-reitor, temos: mercantilização do ensino, avanço das empresas e bancos, repressão ao movimento estudantil entre tantos casos, com o último mais grave sendo a entrada da tropa de choque em Araraquara), precarização do direito dos trabalhadores com a terceirização, professores temporários, ensino à distância. Para sintetizar tudo isso e preparar o aprofundamento dessas políticas junto com Serra e Lula, é um dos mentores intelectuais do PDI(Plano Descenal de Desenvolvimento Institucional), o ´´plano de metas´´de destruição da Unesp para os próximos 10 anos.


Do outro, Amilton Ferreira, professor da Unesp de Rio Claro. Durante a gestão de Amilton na diretoria de Rio Claro ocorre uma expansão de parcerias público-privadas, aumento da presença de bancos, aumento do preço do R.U. e início da terceirização, precarizando os direitos dos trabalhadores. Foi ele quem retirou o espaço do Diretório Acadêmico de Rio Claro como forma de retaliação a uma ocupação estudantil de sua diretoria e passou o espaço para a Atlética. Apesar de um discurso de oposição ao PDI, pelos elementos anteriores já fica claro que não luta contra a mercantilização do ensino. Apenas acha que, para a formação da mão-de-obra mais técnica e que necessita de mudanças em curto prazo já existe o Centro Paula Souza, e para formar ´´a elite dirigente´´ existe a Unesp, sendo apenas uma outra vertente do mesmo projeto. ´´UNESP, USP e UNICAMP são universidades responsáveis pela formação de profissionais de excelência que se destinam a ocupar cargos de liderança no país, lideranças de todas as ordens. Estas três instituições, por isso, são denominadas, universidades de elite...´´(O QUE DESEJA A UNESP?, Amilton Ferreira, Rio Claro, Abril de 2008).


São esses os representantes desse ´´processo democrático´´. Você sabia que a ´´democracia´´ das eleições na UNESP segue o esquema de 70% de peso do voto dos professores, 15% para os estudantes e 15% para funcionários(os fixos, porque os terceirizados nem podem votar!)? Ou seja, o voto de 3,5 mil professores valem 4,66 vezes mais que o voto de 44 mil estudantes! Aliás, essa eleição é só uma consulta, porque no final das contas quem escolhe o reitor é o governador com sua famigerada lista tríplice. Essa lista é composta pelos dois candidatos mais um terceiro nome escolhido pelo Conselho Universitário (CO).

Frente a toda essa sujeira mantida por uma estrutura de poder anti-democrática, chamamos os estudantes, trabalhadores e professores que lutam por um outro projeto a votarem nulo e não depositarem nenhuma confiança nos burocratas! Será somente a luta dos 3 setores, junto com os trabalhadores terceirizados da Unesp e ganhando o apoio dos trabalhadores e da juventude que é excluída do direito elementar de acesso ao ensino, que poderá transformar a estrutura de poder da Universidade, colocando em pé uma outra estrutura em que a maioria decida e construa um outro projeto, uma Universidade não para os empresários e banqueiros, mas
uma universidade dos trabalhadores e do povo pobre, a serviço da emancipação humana!


É hora de retomar as lutas! Contra os burocratas, comos trabalhadores!


Por uma Unesp a serviço dos trabalhadores e do povo pobre!

Um comentário:

Anônimo disse...

Vocês têm algum panfleto em relação ao voto nulo? Valeu