10 de setembro de 2008

CEEUF Marília

Nos dias 06 e 07 de setembro ocorreu mais um Conselho de Entidades Estudantis da Unesp e Fatec (CEEUF), no campus de Marília.

As principais discussões foram:

- Plano de Desenvolvimento Institucional da Unesp (PDI)
- Eleições pra Reitor e a estrutura de poder da Unesp
- Congresso dos Estudantes da Unesp e Fatec (CEUF)

Durante toda a tarde de sábado, houve discussões. A noite foi exibido o documentário "Classe de Luta", do grupo Medvedkine, que aborda a situação da classe operária durante o maio de 68 francês. As deliberações do Conselho foram tiradas no domingo.

Participaram do CEEUF estudantes de Araraquara, Assis, Bauru, Botucatu, Franca, Guaratinguetá, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente, Rio Claro, Rosana, São José do Rio Preto e São Vicente.

Segue a ata do Conselho:

Propostas aprovadas:

1. Avaliação dos delegados para o DCE de São Vicente, Marilia e Bauru

- Aprovação do delegado de São Vicente
- Aprovação do delegado de Marília
- Aprovação do delegado de Bauru


2. PDI e Univesp

- Retomar os ciclos de debates sobre o PDI nos campi

- Construção pelo DCE de um vídeo sobre o PDI para ampliar as discussões até a primeira semana de outubro

- Repúdio ao PDI enquanto um projeto neoliberal da educação na Unesp.

- Pela construção de um outro projeto de Universidade.

- Reivindicamos sim a transformação da UNESP de como ela é hoje, através da existência de um outro projeto de Universidade, mas repudiamos esse PDI, pois ele mantém o caráter elitista da universidade e desvinculado das reais necessidades da classe trabalhadora e do povo pobre. Que apresentemos um projeto independente de universidade, com uma discussão crítica sobre o PDI abrindo diálogo com as categorias (docentes funcionários e estudantes).

- Construção de um caderno teórico para o Congresso pelo DCE, sobre os principais eixos do PDI para assim, após os debates e deliberações, aprofundarmos na construção do programa a ser seguido em relação a esse ponto (PDI) pelo ME UNESP/Fatec

- Participação como observador na comissão de sistematização do PDI e não como membro formal, ficando responsáveis para tanto Adriano Brant (UNESP de Rio Preto) e Rafael Furlan (UNESP de Ourinhos).

- Produção de textos sobre o PDI, mercantilização do ensino e EaD pelas entidades e militantes para o blog do DCE até a primeira semana de outubro.

- Construção de um ato em Bauru no dia 24, em que ocorrerá o debate entre os candidatos a reitor. Que o DCE entre em contato com a ADUNESP e SINTUNESP para garantir a construção deste ato. Construção de atos descentralizados. Levar adiante nesses atos, para o conhecimento do conjunto dos professores, funcionários e estudantes, o posicionamento político em relação às eleições tirado conjuntamente pelo movimento em nossos fóruns, como o CEEUF.

- Para o combate do PDI e da EaD, levar a discussão para os alunos e professores da Educação Básica. Isso seria interessante pois, se pretendemos formar uma Universidade para os filhos dos trabalhadores, devemos levar a discussão até eles, para que possam também contribuir.

- Fica declarada a seguinte passagem como sendo um informativo: A avaliação do PDI como uma política além do local deve se articular com a discussão da LEI Paulista (Lei 1049) e UNIVESP no Estado de São Paulo. Nesse sentido, propõe-se a ida na Plenária Estadual de 21 de Setembro na USP, chamada pela Corrente Nada Será Como Antes, para discutir a Lei Paulista, organização e Congresso de Estudantes


3. Eleições para reitor

- Campanha pelo voto nulo e pela denúncia dos dois candidatos. Que essa campanha não se restrinja as eleições, que denuncie diretamente a estrutura de poder anti-democrática e que lute por uma universidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre.

- Campanha pela democratização da estrutura de poder da universidade: publicar nos materiais do DCE as 2 posições que dizem respeito a esse assunto, a paridade e o voto universal, como forma de ampliar o debate até o CEUF.

4. Órgãos colegiados

- Denúncia contra a representante de Botucatu (Amanda) do CADE e dos demais membros que não estiverem respeitando as deliberações dos espaços estudantis. O DCE irá redigir uma carta pedindo a presença da representante na próxima reunião, para que se possa averiguar a denúncia.

5. Fórum de moradias

- Pelo reconhecimento por parte do DCE e do CEEUF do Fórum de Moradias enquanto instância legítima do movimento estudantil e das organizações criadas nesse espaço. Lutar pela aproximação do movimento de moradias com o movimento estudantil geral.

- Por permanência estudantil plena: alimentação, moradia e bolsa de estudos em dinheiro – Não ao benefício/auxílio único, não ao estágio-trabalho.

- Contra a portaria que proíbe o aluguel de casas*

*Declaração de voto: “O que foi aprovado no Fórum de Moradias foi a luta pela construção de blocos de moradia e não uma medida paliativa. Em relação a supressão do trecho “não ao auxílio aluguel” na proposta: Por permanência estudantil plena: alimentação, moradia e bolsas de estudos em dinheiro – Não ao benefício/auxilio único e não ao estágio-trabalho. Lara CA Cel/Araraquara.

6. Balanço do Congresso e ENE

- Discutir a participação discente na Conlutas e a participação na construção do Congresso Nacional dos Estudantes

7. Outros pontos:

- Encaminhar através das entidades de base,até o Congresso, ciclos de debates sobre a pauta do CEUF

- Escrever uma carta de repúdio a reportagem sobre o ensino básico público no Brasil, publicada pela revista Veja, a qual culpa professores com orientações marxistas pela má qualidade do ensino básico público.

8. Congresso dos Estudantes da Unesp e Fatec

- O CEUF será em São José do Rio Preto, nos dias 17, 18 e 19 de outubro.

- Que se abra e se tire encaminhamentos sobre a pauta no CEEUF, mas que a pauta final do Congresso seja fechada na próxima reunião do DCE

- Tirar um eixo central para nortear as discussões do CEUF.

- Proposta: ´´Da universidade que temos à Universidade que queremos!´´
Objetivo: contraproposta às medidas neoliberais imposta na Educação. Levantar as discussões de como, começar a construir uma outra Universidade e as possíveis formas de luta.
· Estrutura dos debates:

. Acesso e permanência estudantil:fim do vestibular e estatização das privadas

. Estrutura de poder: eleições para reitor, DCE (organização dos estudantes/balanço), assembléia universitária, discussão sobre as práticas proibicionistas da burocracia acadêmica.

. O que é produzido na Universidade? Isso reflete à quem serve a Universidade: PDI, Univesp, Ead; Aliança operário-estudantil; vínculo Unesp-Fatec

- Atividade: Convidar militantes dos movimentos sociais (camponês, operário, estudantil, etc) para colocar as análises voltadas ao movimento do governo de criminalização dos movimentos combativos e contestadores, ajudado por uma campanha midiática (vide documentários sobre MST da Rede Bandeirantes e matérias da revista Veja). Evidenciar o contexto de repressão dado com estudantes (Araraquara, FSA), com operários (REVAP) e com os movimentos do campo (MST e Via Campesina), e seu caráter de formalização e legalização dos atos de reivindicação colocados como crimes e vandalismo. Trazer para discussão outras formas de educação, estruturas de poder e práticas pedagógicas dados, por exemplo, nas Universidades Populares existentes no MST.

- Discutir a reorganização do me: o Congresso dos Estudantes e a participação discente na Conlutas, dentro de um projeto para o movimento estudantil.


- Discussão sobre as diversas formas de opressão.

Conselho das Entidades Estudantis da Unesp e Fatec
07 de setembro de 2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Será que não está na hora de atualizar o blog?
Precisamos destas notícias para sabermos como está a situação em outros campi, visto que nem todos comparecem no CEEUF.